Dedico esse texto ao grande amigo Moisés Assayag, executivo com quem aprendi grandes lições no mundo corporativo.
Nas minhas experiências profissionais tenho percebido que “a tomada de decisão é resultante de um processo responsável pela escolha da melhor solução para um problema ou oportunidade“. Dependendo do contexto, o processo decisório pode ser considerado fácil ou difícil. O importante que uma vez cumprido este processo, ele poderá gerar consequências positivas ou negativas.
A tomada de decisão está relacionada, em grande parte das situações, com os nossos valores e, também, com parte daquilo que conhecemos ou do que experimentamos e vivenciamos. O ser humano precisa decidir sempre. Às vezes uma questão complexa ou outras vezes, uma questão mais simples. E, conforme o contexto, atribuirá a devida importância ou não para saber qual medida tomar.
São inúmeras as implicações de uma tomada de decisão e a maior parte das consequências está, muitas vezes, fora do que chamamos de “alcance visual” ou “linha de visada“. A complexidade dos inúmeros contextos criados pelo cotidiano de um negócio requer competências multidisciplinares para ser propriamente equacionada. O empresário, o líder ou o gestor, vive neste universo delicado e muitas vezes complicado. Evidentemente que o processo decisório pressupõe opções, escolhas nem sempre muito fáceis de fazer. Existirão perdas e existirão ganhos, há o curto e o médio prazos, existem conflitos de valores, e isso tudo representa um grande desafio.
A capacidade de tomar decisões firmes, claras e no tempo certo uma importante característica de liderança. O tipo de decisão, porém, varia conforme as circunstâncias.
Por isso, preciso sempre fazer uma análise da situação e de possíveis implicações, com o máximo de elementos possíveis, para que, ao menos, possamos tomar uma decisão com embasamento de conhecimento. Tomar decisões é um comportamento que pode ser aprendido com o tempo, como qualquer outro comportamento ou atitude.
Mas porque será que se observa nas empresas uma letargia tão grande no processo de tomada de decisão? Como consultores, por já termos visto algumas situações práticas, desenvolvemos uma habilidade “relativamente adequada” para mapear cenários e prever situações. Mas por mais que busquemos a sensibilização de alguns empresários, a demora na tomada de decisão provoca verdadeiros “tiros no pé” daqueles que não decidem.
Todos os empresários, sem exceção, querem maiores e melhores resultados. Resultados de faturamento, vendas, lucratividade e rentabilidade. No entanto, produtos não são descontinuados, novas políticas de preços não são implementadas, estruturas continuam inalteradas, dispensar um parente que não produz… Ah isso nem pensar! Alguns decidem mas muitos sequer ousam refletir no que fazer diante de casos parecidos com estes. E entra dia e sai dia, entra semana e sai semana, entra mês e sai mês, entra ano e sai ano… E NADA!
Na nossa vivência, já nos deparamos com situações nas quais o custo gerado com uma decisão errada é infinitamente menor do que o custo gerado por uma decisão não tomada. Você já pensou nisso? Concorda ou discorda disso?
Muito bem colocado. O custo de uma Não Decisão costuma ser muito mais caro do que de uma Decisão, porém é menos perceptível, o que acaba encorajando a prática. Acredito que pra vida pessoal, o mesmo se aplica também, com todos os prejuízos que procrastinar pode trazer. Eu gosto de uma frase muito forte que Roberto Figueiredo (o famoso dr. Bactéria do Fantástico) falou numa palestra dele : “Tome uma atitude errada, mas tome uma atitude!”
Muito obrigado pela sua contribuição Erico. Escrevi este breve artigo pois tenho me deparado com situações ao estilo “quero mas não faço”. Nos projetos de consultoria, na fase de diagnóstico, percebo que é possível fazer um monte de ações para os resultados melhorarem. Mas os empresários não fazem! Ao contrário, continuam colocando a culpa na crise, no sistema, no custo do dinheiro, nos concorrentes! Um forte abraço amigo!